terça-feira, 26 de maio de 2009

" Yes, eu saber falar português! "


Para a maioria de um país onde o hábito de leitura é praticamente inexistente, a forma coloquial , descontraída é válida para expressar a ideia, porém seu uso exacerbado na escrita contraria o padrão da língua portuguesa que tenta colocar o leitor e a ideia em harmonia.
Para aqueles que as julgam, palavras proferidas inadequadamente em um lugar parecem arranhar os ouvidos. As palavras são interpretadas de acordo com o contexto e o meio em que elas se veiculam. a palavra 'vagabundo", na escrita, parece ser um tanto forte demais para os olhos que aos ouvidos, no entanto em algumas situações de fala é tolerável.
É certo estabelecer um padrão a fim de uma ordem e não para uma seleção social. A exclusão e o preconceito inibem o possível entendimento entre o emissor e o receptor.
O povo brasileiro, em sua maioria, não teve um bom grau de instrução e adequação com as novas e antigas regras gramaticais para serem julgados como menos ou mais inteligentes. Imagine um turista sendo menosprezado por tentar saber falar certo uma língua diferente da sua. Seria o cúmulo do preconceito.
A tolerância e a paciência junto ao ensino são chaves para o abrir de muitas portas de oportunidades para os menos favorecidos. o Brasil deve se orgulho de seu amadurecimento ético de colocar no volante de um país um presidente de grau de instrução baixo, mas que não se esconde atrás do linguajar polido e "papeado" de seus antecessores.



Leyna Nakamigawa

domingo, 24 de maio de 2009

Francisco Buarque. Para os mais chegados, Chico.




Numa tarde de domingo chuvosa de São Paulo , Lígia , senhora idosa , de cabelos brancos e corpo marcado pelo tempo , remexia no sótão seu baú de suas lembranças empoeiradas . Ao encontrar o seu disco de vinil favorito com a foto de Chico Buarque estampada junto a uma dedicatória na capa, lágrimas de chuva escorrem pelas curvas de seu rosto envelhecido.
A dedicatória não era do cantor, mas sim de Francisco, o homem que dedicou toda sua vida a ela e ao seu país. Ao som do vinil , as lembranças voltam como veludo aos seus ouvidos. No cenário de lutas travadas entre polícia e estudantes subversivos , eles se conheceram e se apaixonaram em meio a adrenalina das revoltas contra a opressão e censura da ditadura militar.
Em um dos movimentos , Francisco é capturado e torturado nos porões da ditadura e nunca mais teve se notícias do jovem estudante, arquivo morto. O tempo é maldoso, o sofrimento da espera, talvez de alguém que nunca voltara, machuca junto a velhice o corpo e o coração da eterna enamorada grávida da paixão.
De repente a campainha toca , ao descer, a mistura de surpresa e emoção se convertem em lágrimas de alegria.
Era seu filho, já homem, sentado no sofá junto a um senhor de cabelos grisalhos e olhos azuis que se dirigia a ela com um grande sorriso, a este seu filho o apresentava como pai, que foi exilado. A chuva finalmente acaba e o sol radiante volta.
Leyna Hiromi Nakamigawa

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Novidades antigas: Olimpíadas de Pequim

O podium das Olimpíadas de Pequim e suas medalhas reluzentes são cobiçadas não somente pelos atletas olímpicos mas como também por todo planeta que acompanhou com expectativas essa grande disputa esportiva e política.
O Brasil para para contemplar o espírito olímpico do momento, e acompanhar com todo orgulho seus atletas em partidas entre as mais diferentes nações. Mas todo esse orgulho de ser brasileiro é real ou momentâneo? Devemos ter orgulho de ter um país que dá toda uma assistência para seus competidores e deixa em segundo plano sua população?
O que adianta termos bons atletas no futebol, se o governo não sabe driblar a inflação? Ou ter lindos nados sincronizados se as classes sociais não estão em harmonia?
O ouro parece tão longe da realidade brasileira que nem se reconhece seu brilho. Se formos condecorados com algum "honra ao mérito" é o da corrupção, é para ter orgulho disto? Claro que não.
É importante nos integrar a eventos internacionais esportivos e nos empenhar para uma boa colocação, contudo, não mais fazê-los de dispersão do povo, o fazendo esquecer dos problemas e das prioridades sociais.
Nossos técnicos da presidência devem colocar em campo um time bem treinado com várias séries de educação e acompanhado com uma dieta balanceada de saúde. Só assim estaremos bem preparados para as quartas de final contra os "desenvolvidos" e poder dizer: "O ouro é nosso!"


Leyna Hiromi

sábado, 16 de maio de 2009

A virtude da loucura


Vários líderes da história são lembrados pelas suas audácias e afrontas contra o tradicional e o padrão. Eles saíram da popularidade de loucos para heróis e gênios , como exemplo Galileu que foi julgado pelos incontestáveis da fé como insano que os afrontava com suas verdades científicas inovadoras e também o próprio Messias qual foi crucificado como subversivo por pregar uma verdade que salvou e salva muitos.
A loucura não pode ser uma justificativa para evitar o novo. O diferente incomoda a muitos , já que estes se fixaram como raízes a uma verdade q inviolável, apegados a um passado.
Hoje não é diferente, apesar da maior flexibilidade da sociedade em relação ao passado muitos líderes religiosos e suas instituições são perseguidos e taxados como "loucos", que alienam o povo com uma espécie de lavagem cerebral, levando-os a fazer sacrifícios e ofertas de grande valor. Isso não é verdade.
A razão da sociedade parece não ser suficiente para solucionar ou melhorar os tabus que ela própria enfrenta ignorando a ajuda audaciosa de uma religião. O passado colonial cega e ensurdece essa sociedade alienada e sofrida.
Loucura é demominada para aqueles que fazem práticas egoístas e desrespeitosos contra a conduta humana. Nomes como Hitler, Nero exemplificam tais práticas que se assemelham daqueles que lançam aviões em prédios.
A religião pode sim ser uma luz em meio a tanta insanidade e psicose social. "Lavagem cerebral" pode significar a lavagem das impurezas desse mundo tornando-o mais translúcido e são.


Leyna Hiromi