terça-feira, 26 de maio de 2009

" Yes, eu saber falar português! "


Para a maioria de um país onde o hábito de leitura é praticamente inexistente, a forma coloquial , descontraída é válida para expressar a ideia, porém seu uso exacerbado na escrita contraria o padrão da língua portuguesa que tenta colocar o leitor e a ideia em harmonia.
Para aqueles que as julgam, palavras proferidas inadequadamente em um lugar parecem arranhar os ouvidos. As palavras são interpretadas de acordo com o contexto e o meio em que elas se veiculam. a palavra 'vagabundo", na escrita, parece ser um tanto forte demais para os olhos que aos ouvidos, no entanto em algumas situações de fala é tolerável.
É certo estabelecer um padrão a fim de uma ordem e não para uma seleção social. A exclusão e o preconceito inibem o possível entendimento entre o emissor e o receptor.
O povo brasileiro, em sua maioria, não teve um bom grau de instrução e adequação com as novas e antigas regras gramaticais para serem julgados como menos ou mais inteligentes. Imagine um turista sendo menosprezado por tentar saber falar certo uma língua diferente da sua. Seria o cúmulo do preconceito.
A tolerância e a paciência junto ao ensino são chaves para o abrir de muitas portas de oportunidades para os menos favorecidos. o Brasil deve se orgulho de seu amadurecimento ético de colocar no volante de um país um presidente de grau de instrução baixo, mas que não se esconde atrás do linguajar polido e "papeado" de seus antecessores.



Leyna Nakamigawa

5 comentários:

  1. bela dissertação , merecida de um 9,5 na banca da ufpa õ/

    ResponderExcluir
  2. Ahhhhhhhhhhh, excelente! Adorei a parte em que você falou do Lula. Realmente não é necessário termos um expert em língua portuguesa para que o nosso país vá mais longe. Sou mais a favor que ele seja expert em honestidade ^^ =B =D.

    Acho muito bom separar inteligência de virtude...

    Eu acho deselegante alguém consertar uma pessoa que cometeu uma transgressão gramatical fora de um ambiente acadêmico como, por exemplo, uma sala de aula. Por isso também concordo com você, é feio ficar julgando as pessoas por as vezes falarem errado.

    Tomando como exemplo o cara do carrinho de tapioca. Eu nunca iria condenar esse cara, até mesmo porque eu não sei absolutamente nada sobre sua vida. Não sei nada de seu passado, de seus sofrimentos, seus empregos, seus país, sua educação e etc. Só alguém muito preconceituoso faria isso.

    Massssss... bom, sendo um poukitinhinho ácido, eu exigo um mínimo de norma culta e coerência em um aluno que fez um bom ensino médio e que nunca teve sérios problemas estruturais, fincanceiros ou emocionais. Falo isso porque tem muita gente que tem os estudos na palma da mão e menospreza a boa norma culta. E tem gente que simplesmente vive no mundo da lua... não lê nem embalagem de miojo e acaba perdendo uma palavra e outra. Enfim... to falando demais! xD

    =B

    ResponderExcluir
  3. Eu cometi um erro gramatical nesse comentário xP...

    ResponderExcluir
  4. Leyna, teus textos tão muito bons. Parabéns! Quanto ao post: Desvios na escrita da nossa lingua, eu vejo até agora, na faculdade de jornalismo o.O Antes, eu discriminava logo,tendia até mesmo a um preconceito com quem não falava ou escrevia corretamente. Pra mim, era o cúmulo! Hoje em dia não, temos que ter discernimento pra saber de quem cobrar o uso correto do português, em que situcionalidade,etc... Até pq, na comunicação ' o padrão da língua portuguesa tenta colocar o leitor e a ideia em harmonia' , como vc bem disse. Beijos, atualizei o meu, passa lá ;)

    ResponderExcluir
  5. Oi Leyna.
    Post fechado com chave de ouro nessas últimas 3 linhas. sucesso ;D
    atualizei lá.
    :*

    ResponderExcluir